"Os materiais radioativos produzidos em instalações nucleares (Reatores nucleares, usinas de beneficiamento de minério de Urânio e Tório, unidades do ciclo do combustível nuclear), laboratórios e hospitais, nas formas sólida, líquida ou gasosa, que não têm utilidade, não podem ser simplesmente “jogados fora” ou “no lixo”, por causa das radiações que emitem " (CNEN)
O lixo radioativo se descartado de forma inapropriada causa danos irrevesíveis ao meio ambiente e diante da toxicidade química dos radionuclídeos, tem se encontrado meios para o tratamento dos sistemas biológicos contaminados com elementos radioativos.
Um biossorvente magnético chamado quitosana magnética possui potencial para remover íons Th (tório) de meio nítrico. A quitosana é o biopolímero natural obtido da quitina da carapaça dos crustáceos. Tanto a quitina como a quitosana é constituída por 2-acetamido-2-deoxi-D- glicopiranose e 2-amino-2-deoxi-D-glicopiranose. Porém, as unidades variam na estrutura do biopolímero conforme o grau de desacetilação e na quitosana predomina a cadeia 2-amino-2-deoxi-D-glicopiranose.
Adsorventes magnéticos combinam duas técnicas de separação: A adsorção e a magnética. O material magnético que é adicionado ao biossorvente quitosana é a magnetita. O biossorvente magnético é posto em contato com a solução de íons Th+4 e permanece alguns minutos em batelada. Em seguida, a quitosana magnética é separada da solução por atração (imã).
Os resultados dessa pesquisa científica são demonstrados por pesquisadores do IPEN que apontaram eficácia na remoção dos íons Th+4 da solução.
A quitosana possui a mesma aplicação que as cascas de banana para o tratamento de radionuclídeos.
Quem diria que a carapaça dos crustáceos tão desapercebida ganharia valor ecológico?!
"Nada se perde, tudo se transforma".
ODA, H.; HORITA, A.;YAMAURA, M; . Cinética do processo de adsorção de íons Th na quitosana magnética. Instituto de pesquisas energéticas e nucleares - IPEN, São paulo, SP, Brasil.